Política é assim. Nem bem termina uma eleição, já começa outra. O PT, maior sigla de Santa Maria, já teria começado a discutir o nome para tentar reconquistar a prefeitura em 2016. E apesar de já ter dito que não gostaria de voltar a ser candidato à prefeitura, Valdeci Oliveira é o nome que desponta por dois motivos: pode reunir as lideranças do partido em torno do seu nome e ter feito boa votação.
Valdeci já esteve na principal cadeira do Executivo por dois mandatos, entre 2000 e 2008. Ao lado do deputado federal Paulo Pimenta e de Fabiano Oliveira, forma o trio mais forte do partido. A questão é que Pimenta não gostaria de voltar a concorrer à prefeitura e, apesar de não admitir, não gostaria de deixar Fabiano concorrer.
E Helen Cabral, a candidata petista nas eleições de 2012, fez pequena votação à Assembleia (10.817 votos). Valdeci também perdeu votos neste ano. Em 2010, fez 64.163 votos e, neste ano, 44.501. Mas conquistou a cadeira na Assembleia no ano em que o PT perdeu o governo do Estado.
O presidente da sigla na cidade, Sidinei Cardoso, diz que tratar do assunto é prematuro.
- Temos a tradição dos deputados mais votados da cidade terem preferência (referindo-se a Pimenta e Valdeci). Agora, é provável também que tenhamos uma aliança - conta Sidinei.
Pimenta e Valdeci também não querem falar do assunto agora. E o ex-secretário estadual Fabiano Pereira tem vontade de ser o nome petista para 2016. Mas divergências entre ele e o grupo liderado por Pimenta seriam um obstáculo quase intransponível para a unidade do partido em torno do seu nome.
- O cenário sempre pode mudar. Mas ainda temos tempo para discutir isso - despista Fabiano.
Torcida por biometria
Com os 48.244 votos a deputado, Jorge Pozzobom é o nome do PSDB para a disputa à prefeitura. E o PMDB deve entregar a briga pela sucessão ao aliado PP, talvez ao próprio José Farret, até pela falta de um nome de peso. João Carlos Maciel (PMDB) sempre se diz escanteado pela prefeitura, e Fátima Schirmer, mulher do prefeito Cezar Schirmer, fez pequena votação (9.364) para a Assembleia.
A possibilidade de segundo turno incomoda o PT, que torce para que o voto biométrico chegue a Santa Maria antes do próximo embate. Isso porque a cidade passou de 200 mil eleitores, o que prevê segundo turno.
- No segundo turno, eles (os adversários do PT) têm mais chance e podem se unir contra nós. Se a biometria vier, historicamente o número de votantes cai e não teríamos segundo turno. Isso nos daria mais chance de vitória - especula uma liderança petista, que pediu para não ser identificado.
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